domingo, 27 de abril de 2008

Comprei uma máquina de fazer pão!

Por Luciana Betenson

Fazia tempo que ter uma máquina de fazer pão era um dos meus objetos de desejo - a propósito, o outro é uma máquina de café expresso – e a vontade ficou mais forte depois do feriado de Tiradentes, quando fomos para Campos de Jordão na casa da Nádia e do Luiz Giffoni. Todo dia de manhã éramos acordados com o cheirinho delicioso de pão fresquinho, recém-feito... o Luiz fez pão de ervas, integral e até com pinhão que as crianças cataram no mato, que ficou demais! Chegando em casa, tratei de comprar minha máquina. Que emoção receber aquela "caixona", até antes do prazo dos "cinco dias úteis" prometidos pelo site vendedor. Como metódica que sou, li as instruções com o maior cuidado. Mesmo assim, tive que ligar no “0800” para saber como tirar a forma de dentro da máquina. No fim era facílimo, bastava girar “anti-horário”...

Para começar, escolhi uma receita do livro que acompanha a máquina (achei melhor não arriscar com uma receita tradicional!). Só que nas receitas aparecem ingredientes estranhos, que dá para ver que foram simplesmente traduzidos e ninguém se preocupou em adaptar para o Brasil. Semolina de milho? Farinha de trigo mourisco?? Socorro! Não era para facilitar? Enfim, escolhi a receita do pão “francês” (que é simplesmente um pão básico, só que com a casquinha mais crocante). Conforme as instruções do fabricante, abri a máquina após 6 minutos do início da mistura dos ingredientes e deu para ver que a massa estava mole demais. Acabei colocando quase 150 g a mais de farinha de trigo. Ou seja, primeira lição: nunca jogar toda a água que manda a receita de uma vez só, mas ir acrescentando aos poucos. Já sei... parece óbvio, mas não para uma cozinheira “esforçada” que sou, habituada a “cumprir as ordens” das receitas à risca!


Meu primeiro pão saiu muito bom! Mas ficou a vontade de testar algo novo, incrementar... Quem sabe qualquer dia destes.

terça-feira, 22 de abril de 2008

Ravioli a seis mãos

Por Adriana Haddad

Sábado passado, meio do feriado de Tiradentes, fizemos macarrão a “seis mãos” na casa da Tetê e do Neto Nigro.

O Neto fez a massa que é a especialidade dele, na máquina de macarrão, com semolina em vez de farinha branca. A gente percebe que a massa feita com semolina fica mais leve e de mais fácil digestão. Pesquisei e achei a seguinte explicação no Yahoo!Respostas: “A sêmola ou semolina é a farinha que tem alta capacidade de "diástase" (...) (cuja) função é compensar (e aumentar) a baixa capacidade das enzimas (que nos dão azia) da própria farinha e realizar sua função diastática. (...) a semolina contribui para que o pão, as massas em geral, fiquem mais gostosas e leves, diferentemente da farinha de trigo tipo II (cujas sementes sofreram quebra de irrigação), onde o pão sai preto e pesado e é de difícil digestão”. Taí a explicação “científica” que a gente já sabia na prática...

Enquanto o Neto fazia a massa, fui fazendo os recheios. Fiz um de ricota, rúcula, salsinha e cebolinha que ficou maravilhoso, mas o formato do ravióli não ficou tão legal, então deixo para postar outro dia a receita e as fotos (vou fazer de novo!). O outro recheio fiz com abóbora japonesa. Fizemos os raviólis e, enquanto a Tetê cozinhava a massa, fiz um molho para acompanhar. Na falta da sálvia, usei manteiga, alho, alecrim e sal. Combinou super bem e ficou divino!

Ravioli di zucca com manteiga aromatizada com alecrim

Massa

600g de semolina - 6 ovos

Misture bem os ovos e a semolina até obter uma massa homogênea. Se necessário coloque um pouco de água. Abra a massa na máquina ou com o rolo em folhas finas.

Recheio

1 kg de abóbora japonesa - 1/2 xíc (chá) de queijo parmesão ralado - 1/2 xíc (chá) de farinha de rosca - 1 col. sopa de salsinha - 1 col. sopa de cebolinha - 1/2 col. (chá) de noz moscada - sal a gosto

Descasque e corte a abóbora em pedaços grandes, cozinhe-a no vapor sem deixá-la muito mole e amasse a polpa com um garfo. Eu peguei um pedaço de queijo parmesão e fui ralando em cima da massa de abóbora. Misture a farinha de rosca para dar liga mas sem endurecer a massa, ela tem que continuar "molhadinha". Tempere com a salsinha, a cebolinha, a noz moscada e o sal (nesta receita eu não usei o sal, mas tudo depende do seu gosto).

Misturar todos os ingredientes e dispor montinhos de recheios ao longo da folha, cubrir com outra folha de massa e fechar bem as bordas com um cortador de massa (eu usei um copinho) e depois com a ponta de um garfo fazer o acabamento dos raviólis. Cozinhar em água salgada por uns 4 minutos aproximadamente, escorrer e jogar sobre a massa o molho de manteiga.


Manteiga aromatizada com alecrim e alho

1 pacote de manteiga de 200g - 3 dentes de alho cortados na metade - alguns raminhos de alecrim fresco, sal a gosto

Levar todos os ingredientes ao fogo baixo até derreter a manteiga e colocar sobre a massa.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Aperitivo saudável

Por Adriana Haddad

Em “mil novecentos e bolinha”, o Carlos Siffert me convidou para fazer um curso de sopas e suflês na Wilma Kovesi. Na época eu estava duríssima e fiquei na dúvida se ia ou não, no fim fui super feliz em saber que se tratava de um convite. No dia, mesmo sendo a primeira a chegar, acabei parando na porta de uma farmácia porque estava com preguiça de caminhar (eu estava grávida na época) e levei uma multa que custou metade do valor do curso... incrível como Deus dá de um lado e tira do outro...!!

As sopas e suflês eram ótimos, mas o que ficou na memória foi a primeira receita que ele deu neste dia, grissinis para beliscar com as sopas. Ontem tirei esta receita do fundo do baú e resolvi fazer umas adaptações para deixá-la mais saudável. Troquei a farinha de trigo normal pela integral, coloquei azeite no lugar da manteiga e alecrim no lugar do kümmel. Sem desmerecer a receita do Carlos Siffert, a minha ficou linda, saudável e deliciosa!

Dá para fazer com semolina no lugar da farinha integral. Eu também usei na receita meu "mix de grãos", que deixo pronto em um pote de mantimentos para usar nas receitas. A receita e a explicação sobre o mix estão no final.

Palitos com sal grosso

100g de semolina - 150g de mix de grãos* - ½ pacotinho de fermento p/ pães ( tipo “fermix”) - ½ xícara de azeite - ½ colher de chá de sal marinho - 1 colher de chá de açúcar mascavo - ½ xícara de alecrim fresco - ¾ de xícara de leite morno

Misture bem todos os ingredientes até obter uma massa firme e homogênea e deixe descansar 5 minutos. Eu usei a máquina de pão para misturar, mas pode ser na mão mesmo. Em seguida, faça “bastonetes” de aproximadamente 8 cm de comprimento com a espessura de 1 dedo e disponha-os em uma forma anti-aderente (se for uma tradicional, untá-la). Faça pequenas incisões diagonais em cada bastonete e deixe-os descansar por 30 min. Pincele-os com o leite morno e salpique sal grosso. Asse-os em forno moderado (180º) por aproximadamente 20 minutos até ficarem levemente dourados. Eu deixei 20 min, desliguei o forno e os deixei por mais 5 min. com o forno apagado. Rende uns 30 palitos.

*mix de grãos

Esta história do mix começou quando a Tetê Nigro, amiga antiga e super ligada nas coisas naturais e saudáveis, nos ensinou a fazer Chapati (pão indiano) com uma receita dada pela Neka Menna Barreto. Achei a idéia ótima e aí me inspirei para criar meu próprio mix de grãos, que uso em praticamente todas as receitas de massa. Eis a receita: juntar uma medida (pode ser um copo) de cada um dos seguintes itens - semente de linhaça, gergelim, germen de trigo, farelo de trigo, aveia em flocos finos, quinua em flocos. Misture tudo muito bem e coloque em um pote para mantimentos.

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Mesa posta

Por Luciana Betenson

Adoro arrumar uma mesa com capricho. Neste dia, para um almoço informal, usei souplats forrados com chita e porta-guardanapos de fuxico de chita, tudo feito por mim! No centro da mesa um arranjo quadrado de rosas amarelas e só.

A outra mesa foi colocada para um jantar com amigos que vinham pela primeira vez a nossa casa. Procurei velas que tivessem o tom exato do azul (meio lilás) da minha louça. A idéia de virar as taças de vinho e fazê-las de castiçais tirei do livro "Receber sem Stress" da fotógrafa Mônica Varella. O livro e bem legal, tem fotos e dicas incríveis para quem gosta de receber.